sexta-feira, 20 de junho de 2008

Cognhaque

Meu sangue é destilado, como álcool ou veneno
Corre nas minhas entranhas como ácido
Corrói o que há por dentro
Escapa de minha boca áspero
Em forma de palavras
Nas noites sós me lembra aos gritos
De todo esse tempo perdido
Buscando fardas e hinos de todas as tribos
Nos dias quentes me mata devagar
Me faz uivar de desejo pela lua
Pelos prazeres da noite
E do silencio fazer meu discurso
E da solidão fazer meu cortejo
E do fascínio fazer minha arma
Meu martelo de quebrar almas
Da Retidão fazemos troça!
Da rebeldia nosso lema
Sejamos crianças até o raiar do dia
Meninos problema
Atirados nos guetos do lado escuro da vida
Sejamos felizes
mas só até o raiar do dia

...
...Jo Tengo Tantos Hermanos Que no los Puedo Contar...