É terça feira, não sei o dia exato do mês
Dezembro, o verão se esta iniciando
Hoje choveu uma chuva estranha
Intensa, mas que passou logo
Como fosse uma nuvem passageira
Eu limpava a casa, minha casa
E um pensamento me emboscava
Como um assassino sorrateiro
Cercando-me como uma presa
E eu como um animal indefeso não o pressentia
Ele ia circulando sempre acima de minha razão
Ou por vezes abaixo
Movendo-se em círculos
Esperando o momento de emergir
Eu limpava o chão
E como surgindo do nada
Senti uma súbita falta de ar
Um peso no corpo todo
Uma sensação extrema de mal estar
Pensei estar doente quem sabe
Um tanto incrédulo e assustado
Tossi como para expurgar aquele mau augurio,
Deixei meus afazeres por um minuto
Ainda em pé sobre o pano
Imaginando o que haveria de ser
Aquele terrível mal estar repentino
Pesquei dentro dos pensamentos
Que estavam mais a tona
A imagem de alguém
Não era alguém na verdade
Era a memória clara de um momento
Um momento no qual não pensava havia muito tempo
Estranhei-me por relembrar coisa tão remota
Meus olhos encheram-se de água
Mas não sentia o ímpeto tão pouco a vontade de chorar
A sensação persistia cada vez mais sufocante
Afastei-me da parede e andei até a porta aberta
Chovia forte e violentamente
Exatamente como naquele dia
Aquele dia de verão
Te vi sorrindo e sorri também
A sensação foi se dissipando
Quando pensei em onde estaria você agora
Nos braços de outro por certo
Faz tanto tempo
Olhei a chuva com atenção por um minuto
Vi tua imagem feliz ao lado de outra pessoa
Vi a mim também
Feliz ainda que sozinho
(talvez feliz por estar sozinho)
E decidi então chamar esta sensação de saudade
Uma saudade morta
Um estranho desejo de lembrar apenas
Como quem lembra a infância
Sem desejar que ela retorne
...
Dezembro, o verão se esta iniciando
Hoje choveu uma chuva estranha
Intensa, mas que passou logo
Como fosse uma nuvem passageira
Eu limpava a casa, minha casa
E um pensamento me emboscava
Como um assassino sorrateiro
Cercando-me como uma presa
E eu como um animal indefeso não o pressentia
Ele ia circulando sempre acima de minha razão
Ou por vezes abaixo
Movendo-se em círculos
Esperando o momento de emergir
Eu limpava o chão
E como surgindo do nada
Senti uma súbita falta de ar
Um peso no corpo todo
Uma sensação extrema de mal estar
Pensei estar doente quem sabe
Um tanto incrédulo e assustado
Tossi como para expurgar aquele mau augurio,
Deixei meus afazeres por um minuto
Ainda em pé sobre o pano
Imaginando o que haveria de ser
Aquele terrível mal estar repentino
Pesquei dentro dos pensamentos
Que estavam mais a tona
A imagem de alguém
Não era alguém na verdade
Era a memória clara de um momento
Um momento no qual não pensava havia muito tempo
Estranhei-me por relembrar coisa tão remota
Meus olhos encheram-se de água
Mas não sentia o ímpeto tão pouco a vontade de chorar
A sensação persistia cada vez mais sufocante
Afastei-me da parede e andei até a porta aberta
Chovia forte e violentamente
Exatamente como naquele dia
Aquele dia de verão
Te vi sorrindo e sorri também
A sensação foi se dissipando
Quando pensei em onde estaria você agora
Nos braços de outro por certo
Faz tanto tempo
Olhei a chuva com atenção por um minuto
Vi tua imagem feliz ao lado de outra pessoa
Vi a mim também
Feliz ainda que sozinho
(talvez feliz por estar sozinho)
E decidi então chamar esta sensação de saudade
Uma saudade morta
Um estranho desejo de lembrar apenas
Como quem lembra a infância
Sem desejar que ela retorne
...
2 comentários:
ow dear
passa tempo sem escrever
mas não perde o aroma e o sabor
é sempre bom provar-te d vez em quando, querido escritor ^^
Bah isso ficou muito bom!
Eu tb sinto isso... (bobagem dizer né, acho q todo mundo sente...) mas conseguistes expressar muito bem.
"Como quem lembra a infância
Sem desejar que ela retorne"
Phoda!
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