quinta-feira, 29 de julho de 2010

Ornitorrinco Zen

Estendido sobre a cama
Um universo de resoluções apocalipticas
Se espalha por todo o tecido áspero
Macro cosmos de infinitas possibilidades
O cerebro queima como fogueira
Explodindo mil idéias fúteis
No caminho da verdade velada
Escondida nas luas distantes do subconsciente
Inerte, se deixa mesclar ao ambiente
Reconhecendo as deixas e contratos tácitos
Secretos e tão óbvios
Dentro dos companheiros de quarto
Camaleão tecnicolor
Cuspindo farpas nos jalecos higienizados
Olhando ao redor: porta, janela e sacada
Perdido no labirinto do Fauno
À espera do inesperado, inevitavel
Crisalida de espelhos
Análise pontiaguda dos nichos internos
Rasgando pele e osso
Na busca da palavra que liberta
Titã gentis, fragil como o exoesqueleto
Da mais leve borboleta
Tão leve, flutua de si
Nas páginas de um livro
Nos jardins da memória
Afundando entre peixes carnivoros
...
(A um verme)

Um comentário:

Nando disse...

tu não merece esse poema