sexta-feira, 4 de julho de 2008

A Arca dos Poetas

Precisamos de poetas
De poetas com urgencia
Poetas Ungidos em sangue
Com linguas ferinas e olhos dementes
Precisamos de poetas
Pra curar Essa doença
Doutores das palavras
Assassinos da indiferença
Precisamos de poetas
Sem cor, casta ou crença
Poetas limpos e cheios de devaneios
Precisamos sufocar essa apatia sufocante
Comer quem nos devora
Levantar um estandarte maluco
Cheio de frases sem nexo
E desenhos absurdos
Precisamos de poetas
Tristes, loucos, confusos e humanos
Reviver um poeta morto uma vez ao ano
Dançar sobre suas tumbas danças primais
Cantar em torno das mesmas fogueiras
Reascender o fogo primevo da juventude
Nossos sorrisos elétricos,
Nossas almas de metal
Dançando no escuro
No Jardim oculto dos sonhos despertos
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quinta-feira, 3 de julho de 2008

Wide World Web

Um Cinzeiro cheio de idéias
Um café forte, quente, queimando
A hora, já deixa mistos o ontem e o hoje
Um deserto cheio de palavras luminosas
Me conecta ao mundo la fora
Não há ninguém ali,
Vago pelos outdoors que imploram
Um pedaço da minha alma
Vou a mil lugares
E escapo a mim mesmo
Mas permaneço aqui calado
Estático, anestesiado
Permaneço simplesmente
Até o raiar do astro igneo penitente
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Ao amigão Yuro-kun (neeeerd :B)

quarta-feira, 2 de julho de 2008

A Era de Aquario

Terminou-se a era de Aquario
Nossas almas lívidas dormem
Num abismo de convenções
Onde foram os jovens de pés descalços
E flores nas mãos?
Não é preciso sangrar pra se sentir mais humano
Cada um tem seu jeito de sentir dor
Quando a solidão já é velha amiga
E a liberdade Aprisiona
Não há pra onde correr
Os campos libertos, são agora Selvas de pedra e aço
Não importa quanto tempo ainda temos
Toda paixão carrega um pouco de ódio
E em meu âmago pulsante
Nada resta, o silencio adonou-se
É meu senhor, e com ele converso
E rio, e choro, e sangro
E sonho, com um passado
Cheio de Flores e canções
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