segunda-feira, 23 de junho de 2008

Soleil

Mais uma noite em claro
Meu rumo deve estar em algum lugar
Perdido entre as linhas emaranhadas do passado
Um dia encontro, jogado no fundo de alguma gaveta empoeirada
Enquanto isso me perco por caminhos Dubios
Tresloucado numa busca empírica por algo
Que transcenda a dureza do inevitavel
Alguma cura pra minha falta de fé
Um remédio para meu niilismo patológico,
Hereditario, Crônico, voraz, Sanguinario
Ao menos tenho a ti
Um amor inventado
De palavras poucas e olhares calados
E me pego rindo sozinho
No meio da madrugada
Sem café ou cigarros
"É perfeitamente compreensivel"
Se fosse nem seria necessario
...

Ode ao Absurdo

Tenho tudo organizado
Rotulado, Lacrado, Enumerado, Emoldurado
21 gramas Libertas
Flutuando pelos cantos escuros
Do meu quarto abandonado
Tenho uma bandeira
Um signo sob o qual nos unimos
A Lua brilha, a chuva cai mansa
E tudo esta no lugar onde deveria estar
Não devemos Mexer, Manchar, Macular
Não devemos mudar
O Risco é a felicidade
Lançada ao abismo
Rogo, Não se deixem domesticar
Queimarei tudo
As fotos, os fatos
Lavaremos juntos os pratos
Num fim de noite cansado
Um cansaço gordo
Como um riso ou abraço
E queimaremos tudo
A casa, As fotos, Os fatos
...