quinta-feira, 19 de junho de 2008

A Cura

Lixo, Pó e Cinzas
Asquerozo, deita-se sobre uma cama florida de espinhos
Lavra a própria pele sorrindo
Salta e se larga suicida ao chão
Com um riso Inclemente
Implora atenção
Banhado no próprio sangue ignoto
Senta-se a um canto, só
E murmura pesos pra fora da alma
Rezando por um olhar esquivo
Que reconheça sua dor em silencio
Bebe vodka Pura
Devora os filtros vermelhos dos cigarros caros
Escreve a noite poesias impiedosas
Irracivel, Insone
Mastiga as aranhas que povoam
Os marcos enegrecidos dos armarios
A um tempo, é Idolo e Idólatra,
Vital e Suicida, Culto e estúpido,
Criança e Adulto,
Lançado só a penuria do mundo
Ai de mim, rumo a um futuro de Lirismos escuros
Uma orquestra de erros, um soneto de fugas
Uma Tragédia de Lixo, Pó e Cinzas
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