quinta-feira, 12 de junho de 2008

A Dança

Dai-me de beber
Já não aguento essa sede
Sou teu leal carrasco
E administro os venenos
Hora a hora, para que tua podridão
Seja serena e silenciosa
Como o tempo que passa
Deixando Rugas e Flores
Sem métrica ou piedade
Lavrando de cicatrizes minha carcaça
Dai-me de beber
Por Deus só um gole peço
E cruel você me nega
Como quem diz não a uma criança
E depois me banha nas águas do teu intimo
Me deixando novamente esperança
Dança cruel, pois não termina
Há sempre um passo sustenido
Aguardando sua Chance
E eu tolo que sou, Danço.
...

Ao amigo José Kunz