domingo, 29 de junho de 2008

Louca Sinfonia do Inverno

As ruas, molhadas da garoa ainda caindo
Me enchiam de um romantismo surreal
Caminhei saudando os ventos do inverno
O frio passava por minhas mãos intangivel
Ardendo deliciosamente como se me queimasse a carne
O Cigarro me descia rasgando a garganta,
Devia ser o milesimo, desde que acordara
A fumaça misturava-se a névoa de minha respiração
Andei, soturno encarando quem por mim passava

As ruas, Molhadas da garoa ainda caindo
Tinham um odor que não sei bem descrever
Era o cheiro da mais pura cocaina
Ainda fina como açúcar
E era simplesmente meu corpo
Pedindo mais uma dose
De qualquer remédio pra curar o dia
E a liberdade já ia longe...
E a leveza se foi com ela...
Enquanto Imergia em um poço de angustia calada

As Ruas molhadas da garoa ainda caindo
Continham meus gritos, em cada pedra
Cada Grão de areia
Meus gritos ecoavam
No infinito abismo da minha alma escura

Silencio...
Quebrado somente por meus passos
Andava só, pelas ruas, molhadas da garoa ainda caindo
Sobre meus ombros pesados.

...

Livros

Sei demais, Nada sei
Sou Sócrates, As vezes Platão
E fico negando ser tão Humano
E fico triste por tanto saber
E fico triste por saber tão pouco
Sou Rimbaud, ou talvez seja humano demasiado humano
E sinto, Sinto muito
Sou um alfa?... Um Gama?... Beta?!
Vou comer uma salada de Livros, Sabor Sofia
Ou vomitar essa merda toda que me Sufoca
E que me faz tão nobre, hipócrita e Pobre
Tão Deliciosamente Humano

...