domingo, 15 de junho de 2008

Mar de Gente

Ter um rosto igual, passar por tantos outros
Todos tão iguais, aqui, ali em toda parte
Pulsam mentes, corre sangue
Milhões de resquicios, pensamentos perdidos
Milhões de olhares de todas as cores
Olhos cinza, sem uma história
Simplesmente lançados ao vazio
Milhões de palavras, gritos mudos
Uma sinfonia de vozes perdidas
E eu vago
Com meu rosto tão igual, entre tantos outros
Todos tão iguais, com meus olhos cinza
Com meus olhos de todas as cores
Com meu sangue pulsante
Independente de tantos outros corações
E meus pensamentos presos nesse vão
Neste atelie de vida, este organismo em chamas
Alheio a tudo, Alheio a todos
Tão soberano quanto o estranho que cruza meu caminho
Vago em silencio
Neste mar de luz

...

Este poema escrevi durante o tempo em que cursei a ulbra... dias de isolamento

Alma

Olhando Através de um caleidoscópio
De idéias quebradas
Só o que se vê são ideais
A verdade da essência dorme
Poucos a vêem no tempo de uma vida
Sabei porem que a arte é o martelo
Que destrói as cenas e as mascaras
Deixando aberta a alma à nua visão
Há quem chore no escuro
E há quem ria da solidão
Mas não...
Não há quem não a veja.
...
Ao amigo Guilherme Ervella (Sancho)