quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Querida Carolina

Carolina nunca quis trabalhar
Fazia do mundo sua sala de estar
Tinha planos de ir embora
Para algum país distante
Onde pudesse sentir-se viva
Ignorava o tremendo vazio
Que a esmagava todo o dia
Estava lá, em tudo o que fazia
Já nem sequer dormia
Talvez fosse a depressão
Talvez fosse a cocaína
Talvez os dois, por que não?
Sei que despertou uma tarde
Tomada de paixão
E dos tempos morbidos
Nem restos restaram
Eo rapaz que nem 18 tinha
Também era um pleno vagabundo
Vagando só noite e dia
Sem causa, crença nem rumo
Sem lugar no mundo
E desejava derrepente
Se ver sempre refletido
Naqueles olhos tão castanhos
Em menos de um mês
Carolina o deixou
E do que era o rapaz
Nem resto restou
...

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