quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Câncer

Me da tua mão
Toca meu rosto
Sente minha face
Já que te recusas a me ver de verdade
Me beija a boca
Sente meu veneno
Te embriaga com meu cheiro
Me chama de amigo
Me sente perto
Descansa sobre meu peito
Sou todo teu
Enquanto estiver aqui
E quando partir
Serei diferente
Tu me conheces bem
E ainda assim insiste em me ter por perto
Eu sou a tua morte
E bato na tua janela a noite
E te peço abrigo e carinho
E tu me acolhe
Estende o braço ao abismo
Somos o fim um do outro
Amantes e assassinos
...

2 comentários:

Anônimo disse...

LINDO :~

Tiberius L. S. Lobo disse...

Estou em êxtase! Teus versos vêm demonstrando cada vez mais personalidade... Aos poucos se afastando de citar tãão diretamente Renato, Cazuza, Baudelaire etc. etc. como outrora vc fazia, mas apenas deixando transparecer sutilmente a absorvição das influências.

O blog também está lindo... Não parece coisa de Exu, hehe